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quinta-feira, setembro 29, 2005

ABORTO 

Eu disse que ia ser polêmico. Navegando pela rede vi que existem vários textos a favor e contra. O pessoal do Nós na Rede (http://www.verbeat.org/nosnarede/) resolveu escrever em vários blogs opiniões e informações sobre o tema. Achei muito interessante e informativo. Eu li alguns e gostei muito do texto do Sindrome de Estocolmo (http://www.sindromedeestocolmo.com/archives/2005/09/aborto_1.html). É um texto tem bastante informação, independente de ser a favor ou contra, e ainda traz uma lista de links para poder saber mais sobre o tema.
Como estou sempre atrasada, ontem 28/set foi o Dia Latinoamericano de Luta pela Descriminalização do Aborto. Por isso o movimento de vários blogs pela rede.

Para os curiosos de plantão que queiram saber minha opinião, eu sou a favor. Vou explicar um pouco o porquê, já que acho um tema muito complexo para dizer que sim ou não.
Eu sou principalmente a favor da liberdade de escolha. Acho que eu sou um ser consciente e posso decidir sobre a minha vida sem que o Estado ou a Igreja (que não é a minha) se meta nisso. Afinal, as instituições são apenas outras pessoas com poder de decisão, e neste caso quero para mim este poder.
Mas não acho que abortar seja uma coisa trivial. Não é "vou ali na esquina tirar esse dente que tá me incomodando". Imagino o drama que passa um a mulher na hora de decidir que vai tirar, dor, a culpa, e os vários sentimentos que se passa pela cabeça. Mesmo assim é uma decisão pessoal.

Em um mundo ideal, aborto seria tratado como um tema de saúde pública. Existiriam centros de saúde da mulher onde as mulheres seriam atendidas por médicos e psicólogos. Assim, quem optasse pelo aborto teria toda a informação do que é e das consequências.
Não imaginem que no meu mundo ideal o centro convenceria as mulheres a abortarem. Não! De maneira alguma! Lá elas encontrariam apoio médico e psicológico para os vários momentos da vida. O centro de saúde seria de atendimento geral. As grávidas felizes por escolherem ser mães teriam atendimento pré-natal e informações de como cuidar de bebês, etc. As mulheres sexualmente ativas teriam médicos e poderiam escolher o método anticoncepcional que quisessem e as mulheres mais velhas teriam o atendimento certo para a época da menopausa.

Enquanto meu mundo ideal não chega, eu gostaria que pelo menos as mulheres não fossem marginalizadas e morressem por uma decisão que deveria ser delas ou que pelo envolvessem seu companheiros no processo.
Inté!




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